terça-feira, 15 de setembro de 2020

Rockstória 11 – Clapton is still God – Parte 2

 

Rockstória 11 – Clapton is still God – Parte 2

 


A rockstoria de hoje ainda é sobre um dos maiores ícones do rock’n roll, o deus da guitarra Eric Clapton. Na rockstória passada falei sobre a vida dele e hoje vou falar de como esse cara genial compôs algumas de suas músicas que são ainda hoje, verdadeiras joias da rock music.

Uma das primeiras músicas de Clapton foi Badge, na época do Cream, que ele compôs em parceira com George Harrison e ainda teve um verso de Ringo Starr, sobre os cisnes que vivem no parque.  George estava escrevendo a letra de Bridge e Clapton, que estava em frente ao amigo, leu de cabeça para baixo e perguntou rindo – O que é Badge?? Daí o nome da música.

 

Apesar de extrapolar na guitarra, ele não se imaginava nunca líder de banda e muito menos soltando a voz num microfone, até o dia em que Delaney disse a ele que ele sabia cantar e devia liderar sua própria banda, porque senão Deus iria tirar o dom que havia dado a ele.

 

E foi o que começou a fazer quando se juntou ao Steve Winwood, no Blind Faith. Sua primeira música sozinho foi In the presence of Lord que compôs quando se mudou para Hurtwood Edge, sua residência até hoje. A letra nada mais é do que a declaração de que havia encontrado um lugar para viver, como nunca havia acontecido antes.

 

Quando já  estava com Bonnie and Delaney and friends Clapton conheceu Leon Russell que chegou até ele e o inspirou a compor Blues Power, ao dizer que ele era um cara do blues, mas que as pessoas não sabiam que ele também sabia fazer um rock.

 

Clapton era apaixonado pela mulher de seu grande amigo George Harrison e essa paixão/obsessão rendeu algumas das mais lindas músicas românticas da rockstória.

Layla, como todo mundo sabe, foi escrita por Clapton com  a ajuda de  Jim Gordon, o baterista dos Derek and Dominos. Nela Clapton declara todo seu amor por Pattie a partir dos primeiros versos -  “O que você vai fazer quando estiver sozinha e ninguém estiver esperando ao seu lado? Ou, vc me deixou de joelhos, como um tolo, me apaixonei.

 

O que muita gente não sabia, até Clapton contar em sua biografia, é que a esplêndida Bell Bottom Blues também foi feita para Pattie, que pediu para que ele lhe trouxesse da América um par de calças jeans boca de sino. Outra música belíssima capaz de despertar lonjuras é Wonderful Tonight, dessa vez feita num dos intermináveis momentos de espera por Pattie, que demorava muito para se arrumar, enquanto Clapton o fazia em menos de 5 minutos. Clapton se lembra de ter dito à ela que ela já estava maravilhosa e que por favor não trocasse a roupa mais uma vez. E assim nascia a música que, a princípio, pareceu ser uma musiquinha qualquer para o deus da guitarra, mas que se tornou um de seus maiores sucessos.

 

E foi com Tears in Heaven que Clapton alcançou o maior prêmio da música, o Grammy, em 1993. A música, para a qual muito “fã raiz” como essa que vos fala, torce o nariz, se tornou a mais famosa e conhecida de toda a sua carreira. E, ao contrário do que muita gente diz, ela não foi feita para seu filho Conor, que morreu de uma forma trágica, mas sim para seu avô, o pai que o criou.

 

E a gente fica por aqui ouvindo Bell Bottom blues, e, na semana que vem tem mais Rockstoria .

 https://www.youtube.com/watch?v=BKAYGVIkbok

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