Rockstória 11 – Clapton is still God – Parte 2
A rockstoria
de hoje ainda é sobre um dos maiores ícones do rock’n roll, o deus da guitarra Eric Clapton. Na rockstória passada
falei sobre a vida dele e hoje vou falar de como esse cara genial compôs
algumas de suas músicas que são ainda hoje, verdadeiras joias da rock music.
Uma das primeiras músicas de Clapton foi
Badge, na época do Cream, que ele compôs em parceira com George
Harrison e ainda teve um verso de Ringo Starr, sobre os cisnes que vivem no
parque. George estava escrevendo a letra
de Bridge e Clapton, que estava em
frente ao amigo, leu de cabeça para baixo e perguntou rindo – O que é Badge?? Daí o nome da música.
Apesar de extrapolar na guitarra, ele
não se imaginava nunca líder de banda e muito menos soltando a voz num
microfone, até o dia em que Delaney disse a ele que ele sabia cantar e devia
liderar sua própria banda, porque senão Deus iria tirar o dom que havia dado a ele.
E foi o que começou a fazer quando se
juntou ao Steve Winwood, no Blind Faith. Sua primeira música sozinho foi
In the presence of Lord que compôs
quando se mudou para Hurtwood Edge,
sua residência até hoje. A letra nada mais é do que a declaração de que havia
encontrado um lugar para viver, como nunca havia acontecido antes.
Quando já estava com Bonnie
and Delaney and friends Clapton
conheceu Leon Russell que chegou até ele e o inspirou a compor Blues Power, ao dizer que ele era um
cara do blues, mas que as pessoas não
sabiam que ele também sabia fazer um rock.
Clapton era apaixonado pela mulher de
seu grande amigo George Harrison e essa paixão/obsessão rendeu algumas das mais
lindas músicas românticas da rockstória.
Layla, como todo mundo sabe, foi
escrita por Clapton com a ajuda de Jim Gordon, o baterista dos Derek and Dominos. Nela Clapton declara
todo seu amor por Pattie a partir dos primeiros versos - “O que você vai fazer quando estiver sozinha
e ninguém estiver esperando ao seu lado? Ou, vc me deixou de joelhos, como um
tolo, me apaixonei.
O que muita gente não sabia, até
Clapton contar em sua biografia, é que a esplêndida Bell Bottom Blues também foi feita para Pattie, que pediu para que
ele lhe trouxesse da América um par de calças jeans boca de sino. Outra música
belíssima capaz de despertar lonjuras é Wonderful
Tonight, dessa vez feita num dos intermináveis momentos de espera por
Pattie, que demorava muito para se arrumar, enquanto Clapton o fazia em menos
de 5 minutos. Clapton se lembra de ter dito à ela que ela já estava maravilhosa
e que por favor não trocasse a roupa mais uma vez. E assim nascia a música que,
a princípio, pareceu ser uma musiquinha qualquer para o deus da guitarra, mas
que se tornou um de seus maiores sucessos.
E foi com Tears in Heaven que Clapton alcançou o
maior prêmio da música, o Grammy, em
1993. A música, para a qual muito “fã raiz” como essa que vos fala, torce o
nariz, se tornou a mais famosa e conhecida de toda a sua carreira. E, ao
contrário do que muita gente diz, ela não foi feita para seu filho Conor, que
morreu de uma forma trágica, mas sim para seu avô, o pai que o criou.
E a gente fica por aqui ouvindo Bell Bottom blues, e, na semana que vem tem mais Rockstoria .
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