sábado, 26 de dezembro de 2020

Rockstoria 26 George Harrison (Parte 2)

Rockstoria 26 George Harrison (Parte 2)
Na semana passada apresentei aqui a rockstoria do meu amado, idolatrado salve salve George Harrison, o tímido ex-beatle, dono de uma sensibilidade incrível, e hoje, a gente volta em sua rockstoria, ao ano de 1979 lembrando que, no mês de fevereiro desse ano, Harrison esteve no Brasil a convite de seu amigo Emmo (Emerson Fittipaldi), para assistir o Grande Prêmio de F1 em Interlagos. O ex- Beatle ficou hospedado no Hilton Hotel em São Paulo, onde aproveitou muito bem sua estadia e parecia estar em ótima forma. Mas mesmo assim, nem tudo foram flores e Harrison acabou passando por uma situação, no mínimo constrangedora, quando, em uma de suas saídas do hotel, foi abordado por jornalistas que perguntaram a ele o que estava achando do Brasil e ele teria respondido: "Legal, parece muito com um local que conheci na Índia" . Os críticos torceram o nariz, pois desconheciam o amor e a veneração que George tinha por aquele país e tamanha veneração que, a seu pedido, parte de suas cinzas foram jogadas lá. Enfim, sua timidez também o teria assustado quando, ao adentrar no saguão do Hilton deu de cara com membros de um de seus fã-clubes brasileiros que literalmente o agarram, para seu desconforto. E mesmo tendo sido perseguido e amolado o tempo todo por fã-náticos e jornalistas do mundo todo, ele acabou gentilmente dando entrevistas para rádios e revistas, bem como para programas de tv como o “Fantástico”. Ele ainda deu uma histórica para o comentarista Reginaldo Leme e, em meio a isso tudo, fez amizade com o cantor Jerry Adriani. Ainda neste mesmo ano houve o lançamento do álbum “George Harrison” com as músicas Blow Away, Faster e outras boas faixas. Nos anos 80, George abriu uma produtora de cinema e acabou sendo lesado por um sócio, o que o fez, em 1996, receber uma indenização milionária. No final da década, como já falamos em uma rockstoria anterior, ele formou a super banda Travelling Wilburys”, com Bob Dylan, Tom Petty, Roy Orbison e Jeff Lyne, com quem lançou 2 álbuns, Traveling Wilburys primeiro e Traveling Wilburys terceiro, confundindo os fãs que procuram até hoje pelo segundo. Em 1989 ele lançou o ábum “Cloud Nine”, que é a sua cara: tem belíssimas músicas como “That’s what it takes”, “This is love” e “Breath away from heaven”, além de Someplace Else, música que faz com que a gente perca o fôlego de tão belíssima e apaixonante que é. Já os anos noventa foram bastante conturbados para George. Em 1992, ele, após uma série de shows no Japão com o amigo Eric Clapton, lançou o álbum duplo “Live In Japan” e parou por aí. Depois deste lançamento ele apenas participou do projeto “Anthology”, dos Beatles com Paul e Ringo. Em 1997 ele descobriu que estava com câncer, passou por uma cirurgia e se recuperou. No ano seguinte ele compareceu a um tribunal representando Paul, Ringo e Yoko para impedir que o disco “Live At Star Club 62”, dos Beatles, fosse registrado com outro nome. Ganhou o processo e participou de shows e concertos. Na virada do milênio, um tranqüilo e sereno George foi esfaqueado por um fã que o atingiu no pulmão. Ele se recuperou, mas três meses mais tarde, descobriu que estava com câncer no pulmão. Foi operado, mas alguns meses depois o câncer voltou, desta vez localizado no seu cérebro. Em Outubro, ainda em tratamento quimioterápico, ele fez uma gravação memorável, no show de Jools Holland, na BBC, onde cantou “Horse to the water”, música que havia composto com o filho Dhani. A música, que é uma das minhas preferidas, é super alto-astral, bem ao estilo dele, que fala de sua luta contra a doença, recheada de humor negro. Muitos a consideram uma despedida de George. Infelizmente, desta vez o câncer estava vencendo o mais místico dos Beatles. Ele sentia dores cada vez piores e nenhum tratamento o aliviava. Nos seus últimos tempos, os amigos Ringo e Paul forma visitá-lo e o encontraram muito debilitado, o que fez com que o “frio e arrogante” Paul se debulhasse em lágrimas. George ainda tentou mais um tratamento e foi para Los Angeles, na casa de seu amigo Gavin de Becker. O autor da oração mais linda e sublime ao senhor, “My sweet Lord” deixou suas últimas palavras:“Tudo mais pode esperar, todavia a procura de Deus não pode" e "amai-vos uns aos outros"... George Harrison faleceu em 29 de novembro de 2001. Seu último álbum, “Brainwashed” foi lançado em 2002 e traz belíssimas músicas como a empolgante “Any Road”, “P2 Vatican Blues”, “Pisces Fish”, além da música-título, “Brainwashed”. Em 2003 foi lançado um álbum e um dvd em homenagem a George: “George in Concert”. O concerto, que teve sua renda revertida para entidades beneficentes, foi organizado por Eric Clapton, contou com todos os amigos de George e o resultado foi um dos melhores shows dessa década. Ao longo desses anos, o filho Dhani e a viúva Olivia têm mantido viva a memória de George, entre os projetos de filme de Harrison, a produção de Concert for George ganhou um prêmio Grammy em 2005, Ainda no ano de 2005, mais precisamente em Outubro, foi lançado oficialmente o dvd do histórico “Concert for Bangladesh”, recheado de extras como entrevistas e depoimentos inéditos de George e de seus amigos. O cd do evento foi lançado oficialmente no Brasil em fevereiro do ano seguinte e contém a inédita “Love minus zero”, de Bob Dylan. Olivia também coproduziu o documentário de Martin Scorsese em 2011 George Harrison: Living on the material world, que ganhou ganhou um Emmy. Ela também é autora de livros que acompanham esses dois filmes e, em 2017, compilou uma edição revisada da autobiografia de George de 1980, I, Me, Mine. Infelizmente, George se encontra em outra dimensão, mas seu legado permanece encantando gerações e a gente fica por aqui com a estonteante Someplace Else. Na sequência, vcs ouvem o programa All Rocks, com o Kalau. Semana que vem tem mais Rockstoria aqui na Rádio Bons Tempos de Itapira. Até lá!

Rockstoria 25 George Harrison (Parte 1)

Rockstoria 25 George Harrison (Parte 1)
No programa Rockstoria de hoje eu vou falar sobre o mais zen dos Beatles, conhecido como The Quiet One, George Harrison, que nasceu em Liverpool, Inglaterra, em 25 de fevereiro de 1943. George sonhava ser músico desde pequeno, contrariando o pai que queria que ele o ajudasse em sua oficina mecânica. Aos 12 anos, seus pais, embora pobres, lhe compraram uma guitarra de 3 libras e George começou então, a aprender a tocar sozinho. Ele e os irmãos formaram uma banda chamada “The Rebels” que se fez um único show num obscuro clube chamado “Spoken”. Apesar de ter três irmãos, foi o único dos filhos do casal Harold e Luise Harrison que estudou no Liverpool Institute, onde veio a conhecer John e Paul. Paul havia se impressionado com a sua maneira de tocar guitarra e o convidou para entrar na banda que ele e John tinham: “The Quarrymen” . George passou, assim, a integrar a banda e eles viajaram para a Escócia e Alemanha. Fo aí que ele deu a maior força para que um baterista narigudo, Ringo Starr, entrasse na banda que, a partir de 1961 passou a se chamar “The Beatles”. Os “Beatles” ficam mundialmente famosos e George passou a ser o mais carismático dos 4 rapazes de Liverpool. Na histórica viagem que o grupo fez aos Estados Unidos, em 1964, o que muita gente não soube é que ele ficou muito doente e sua irmã precisou acompanhá-lo por um bom tempo. Sua primeira música para a banda foi “Don't Bother Me”, de 1963. Foi um sucesso e logo em seguida ele passou a ter o direito de compor duas músicas para cada disco. Em 1965 ele aprendeu a tocar cítara com o músico indiano Ravi Shankar (pra quem nunca ouviu falar, Shankar é o pai da vencedora do Grammy de 2004, Norah Jones e da simpática Anouska, que segue a tradição do pai em levar a música indiana pelo mundo afora). Em troca, George passou a produzir os discos do indiano que teve um papel fundamental em sua via por aproximá-lo do misticismo oriental. Em 1966, George se indispôs com a banda de Liverpool e, logo após um show em “Candlestick Park”, ele declarou sua insatisfação dizendo que não se sentia mais um Beatle. Depois de muita saliva, John e Ringo o convenceram a ficar e ele continuou com a banda. Só que, dois anos depois, a insatisfação era ainda maior, principalmente por causa da “cota” de 2 músicas por disco e, na gravação do “White Album” (o famoso álbum Branco) ele convidou seu amigo Eric (God) Clapton para participar da belíssima “While My Guitar Gently Weeps” (o “diálogo” de cordas que eles travam nesta música é um dos melhores momentos do rock de todos os tempos). Neste ano ele gravou seu primeiro álbum solo: “Wonderwall Music By George Harrison” e no ano seguinte, 1969, durante a gravação de “Get Back” ele e Paul se indispuseram pra valer e, por uma semana, ele deixou de ser um Beatle. O ano de 1969 foi um ano agitado, ele gravou o seu segundo álbum solo, “Eletronic Sound” no qual, conforme o próprio nome já diz, ele usa e abusa de sintetizadores e, para piorar um pouco as coisas, acabou sendo preso por porte de drogas. Ele também participou de um álbum do Cream, de seu amigo Eric Clapton. O nome do álbum era “Goodbye” e ele traz a música “Badge”, assinada por Clapton e um tal de L’Angelo Misterioso, pseudônimo de George. Com o fim dos Beatles em 1970, George reuniu todas as suas composições que não tinham sido aceitas ou gravadas pelo quarteto e lançou seu álbum triplo “All Things Must Pass”. A época foi bastante turbulenta para ele, além de seus maiores sucessos, “My Sweet Lord”, ser a causa de uma briga (que ele perdeu) na justiça por causa de acusação de plágio, ele descobriu que sua esposa estava tendo um caso com o “muy amigo” Clapton. Em 1971 George Harrison seguia sua carreira solo de vento em popa e lançou o álbum “Living In The Material World”. Apesar do sucesso que vinha desfrutando, sua vida pessoal ainda estava em turbulência e ele sempre culpava a esposa, Patty, pelas homéricas brigas que eles tinham. Isso acabou durando até Eric Clapton lançou “Layla”, dedicada à Patty, e ela acabou se casando com Clapton. Ele proibiu os dois de se verem e Clapton acabou gravando para Patty a música “Layla”. Por vingança ou não, ele acabou tendo um caso com a esposa de Ringo, Maureen, mas a amizade entre os homens não se abalou e ele convidou tanto Ringo quanto Clapton para o lendário “Concert for Bangladesh”. O “Beatle” John Lennon também teria participado do concerto beneficente se George tivesse permitido que Yoko também se apresentasse, mas para grande alegria dos simples mortais, George negou e, apesar da ausência de John, a voz estridente e esgarçada da viúva n° 1 do rock’n roll não está presente em nenhuma das faixas do álbum. Nessa época, George faz as pazes com John Lennon e acabou abrindo sua própria gravadora, a “Dark Horse”. Ele contratou uma mexicana chamada Olívia para ser sua secretária e acabam se casando um dia depois do nascimento do filho deles, Dhani, único filho de George. Em 1979, George escreveu sua autobiografia de “I Me Mine” numa edição super chic, com capa de couro e tudo, mais fotos e tablaturas de suas músicas. Ele riscou o nome de John no livro, e este acabou ficando tão chateado com George, que nunca mais em sua vida falou com ele. Depois que John morreu, George parece ter se arrependido e lançou ''All Those Years Ago'' em homenagem a ele, com participações de Paul, Ringo e de George Martin. Hoje a gente fica por aqui, com a música All Those Years Ago e semana que vem a rockstoria de George Harrison continua. Na sequência, vcs ouvem o programa All Rocks, com o Kalau. Semana que vem tem mais Rockstoria aqui na Rádio Bons Tempos de Itapira. Até lá!

quinta-feira, 17 de dezembro de 2020

Rockstoria 24 Hotel California

Rockstoria 24 Hotel California
Hoje vou falar da rockstoria de um hotel, mas não se trata de nenhum hotel do Colorado, como o do filme O Iluminado, com o Jack Nicholson, e muito menos vou falar do Hotel Pierre, de Nova York, onde o Al Pacino dançou aquele tango Por uma cabeza, tango maravilhoso, no filme Perfume de Mulher. A rockstoria de hoje é sobre "Hotel California", a música que também dá nome ao primeiro disco da banda Eagles, e que tem uma melodia que encanta roqueiros e casais apaixonados pelo mundo afora, e, talvez por esse motivo, a música que desde o seu lançamento em 1976, nunca deixou as paradas das rádios rock do mundo inteiro Vale lembrar que esse álbum dos Eagles já foi considerado por críticos o “melhor álbum de todos os tempos” é o terceiro álbum dos mais vendidos da rockstoria, tendo, até hoje, ultrapassado a marca dos 16 milhões de cópias. A música, que se tornou a assinatura da banda Eagles foi composta por Don Felder, Don Henley e Glenn Frey e quem a canta incrivelmente é o baterista Don Henley. Outro lance que marca Hotel Califórnia é o extraordinário duo de guitarra no final com o Don Felder e o narigudinho do Joe Walsh. . Apesar da melodia ser belíssima e despertar paixões, a letra dela não tem tanto romantismo assim, pelo contrário, até ligada a satanismo ela já foi. A letra conta a história de viajante cansado que acaba ficando preso em um hotel de luxo, que parecia de cara ser um lugar maravilhoso, mas que de repente vira um local aterrorizante Esse obscurantismo na letra fez com que muitas versões surgissem pois houve quem dissesse que “muitos podiam ver o diabo na letra”. Enfim, diversas hipóteses surgiram sobre o que poderia estar por trás da letras, todas elas, com um quê de lendas urbanas. Há quem diga que a letra insinua relações da banda com ocultismo e seitas demoníacas, outros dizem que o hotel seria na verdade um sanatório de recuperação e drogados, ou seja, dentre todas as “versões malucas “ que eu já li,vi e ouvi, uma que parece ser mais plausível é que a de que a letra trata dos exageros e perdições que envolvem uma banda de rock que chega ao estrelato. Tudo a ver com a biografia da banda. O estilo de vida deles, cheio de materialismo e excessos, devido ao rápido sucesso. Se essa interpretação for correta. Hotel California não seria um determinado espaço, mas sim um mundo no qual o viajante teria que se aventurar entre armadilhas tentadoras e perigosas, que o prendem a um lugar que acaba se tornando uma prisão, como diz a último verso - “Você pode pedir a conta quando quiser, mas jamais poderá sair…”. Mas, em entrevistas ao longo desses 44 anos de sucesso dessa música, os autores já disseram que podem ter retratado um pouco tanto do lado escuro do sucesso quanto o lado sombrio do sonho americano. Interpretações à parte, o fato é que a música é belíssima e muita gente gosta, tanto que vira e mexe é tocada em rádios ou tv. E vc? O que poderia estra por trás da letra? Deixe a sua interpretação aqui nos comentários. Enquanto isso a gente fica por aqui. Semana que vem tem mais Rockstoria. Até lá.

Rockstoria 23 – Renato e seus blue caps. Mito e lenda

Rockstoria 23 – Renato e seus blue caps. Mito e lenda
A rockstoria de hoje não é sobre Beatles, mas tem origem na banda dos 4 rapazes de Liverpool. Essa rockstoria começou no Orkut, numa comunidade dedicada aos Beatles, a “We Love the Beatles Forever” onde conheci uma beatlemaníaca de Piracicaba, Lucinha Zanetti, que escreveu o livro “Renato Barros: Um Mito, Uma Lenda”! Apesar de minha preferência por George e a dela por Paul, após o fim do Orkut, continuei na We Love, que se tornou um blog e um grupo no Facebook. Foi aí que em 2013, Lucinha postou um comentário dizendo que foi uma música de Renato e seus blue caps que a apresentou aos Beatles. Renato leu e passou a acompanhar o blog dela, onde ela publicou uma entrevista feita com ele que foi um sucesso. Eles ficaram tão amigos que ela acabou sendo convidada para administrar a página oficial da banda no Facebook, intitulada Renato e Seus Blue Caps Original. Aí começaram a gravar áudios com entrevistas, com respostas às perguntas que os fãs escreviam na página e também com mensagens que Renato queria que fossem colocadas na rede social. Tanto no Youtube quanto no Facebook, as curtidas e comentários se intensificaram tanto que surgiu a ideia de se fazer um livro. Em menos de um ano, Lucinha transcreveu todos os áudios e publicou, sozinha, sem nenhum patrocínio, arcando com todos os custos, o livro de 644 páginas. O livro, vendido cada uma também por ela, foi um sucesso tão grande que hpje em dia está disponível em qualquer livraria ou sites como Amazon e Americanas, entre outros. E o melhor de tudo, deu a visibilidade merecida que Renato teve, mesmo nunca tendo parado de tocar . Em 1959 os irmãos Barros e seus amigos se reuniam para participar de festas no bairro da Piedade no RJ, onde moravam. Certa vez passando pela Rádio Mayrink Veiga, Renato Barros viu uma fila e quis saber o motivo daquilo, e descobriu que era para fazer inscrição para o programa Hoje é Dia de Rock, de Jair de Taumaturgo. Ele se inscreveu sem ter um conjunto, e chegando em sua casa, convidou seus dois irmãos e alguns garotos da vizinhança para fazerem parte e foi assim, fazendo mímica, que o grupo se apresentou pela primeira vez no programa “Hoje é dia de rock”, da rádio Mayrink Veiga, com o nome de “Bacaninhas do Rock da Piedade”. A apresentação foi um fracasso, receberam muitas vaias, que foram um incentivo para novamente Renato voltasse a inscrever seu conjunto, agora para tocarem Rock ao vivo, sem mímicas! Jair de Taumaturgo, diretor do programa, não aceitou a inscrição com o nome “Bacaninhas do Rock da Piedade”, perguntando seu nome, sugeriu que colocasse “Renato e seus Blue Caps”, inspirado em Gene Vincent and His Blue Caps. Com esse nome o grupo se apresentou, ganhou o 1º lugar e como prêmio, o convite para participar do programa do Chacrinha na TV Tupi. Durante o programa estava o Diretor Geral da Copacabana Discos, Nazareno de Brito, que gostou de cara de Renato e fez a proposta para gravarem um LP pela gravadora Copacabana. Em 1964, assinaram contrato com a CBS, e gravaram primeiro um compacto duplo, e logo em seguida o LP “Viva a juventude”. Esse LP ficou entre os mais vendidos durante meses. Graças aosucesso da música “Menina Linda”, o grupo foi convidado para participar do programa JOVEM GUARDA, daí assinou contrato com a TV Record, onde passou a ser figurinha carimbada na programação. De 1964 até 1982, o conjunto teve a sua carreira em discos ligada à CBS (Sony Music) ainda na década de 80 a banda gravou mais 2 discos e no final dos anos 90 lançou uma regravaçao dos seus maiores sucessos. Seu último disco foi ao vivo, em 2001 e, infelizmente, em 28 de julho de 2020, para a tristeza de todos, aconteceu o falecimento de Renato Barros, que além de produtor e músico era o guitarrista e vocalista do conjunto. Porém a banda Renato e Seus Blue Caps continua na estrada e já estão ensaiando com um novo guitarrista, escolhido pelo próprio Renato há anos atrás para assumir sua guitarra em outros momentos em que precisou ficar ausente, é o Chi Lenno, que se une a Cid Chaves, Gelsinho Moraes, Bruno Sanson e ao Darci Velasco para continuar a rockstoria da banda em atividade mais antiga do planeta! Sim, vcs ouviram direito, Renato e seus Blue Caps são a banda de rock mais antiga do mundo em atividade, pois desde o início da carreira em 1959 até o dia de hoje a banda nunca parou de atuar, ganhando até dos meus amados e idolatrados The Rolling Stones. Bem essa foi a Rockstoria de hoje e agora a gente fica por aqui. Semana que vem tem mais Rockstoria. Até lá.

Rockstoria 22 – Astrologia do rock

Rockstoria 22 – Astrologia do rock
Você acredita em horóscopo? Crê que as características dos signos do zodíaco possam ter as influências nos músicos que mais gostamos? O programa rockstoria de hoje traz alguns dos roqueiros que parecem ter sido sim, influenciados pelas particularidades de cada signo, e também outros que passaram longe delas. Vamos começar com o signo de Áries, pois no palco, cantando ou na guitarra, o vocalista do AEROSMITH, Steven Tyler e os guitarristas Angus Young, do AC/DC e o Ritchie Blackmore do DEEP PURPLE, fazem juz às principais marcas desse signo, que são força, impulsividade e impetuosidade A teimosia de Touro é uma forte característica do irlandês Bono Vox, líder da banda U2, e graças a ela e também ao instinto protetor e grande apego por suas convicções fez e ainda faz importantes ações de filantropia. Joe Cocker destoava Bem humorados e ao mesmo tempo explosivos são os nativos de Gêmeos, e quando a gente vê que o genial e divertido Lenny Kravitz e o briguento do Noel Gallagher são desse signo a gente até entende o fim da banda Oasis. O eterno Tremendão, Erasmo Carlos não faz jus às dualidades de Gêmeos, pois seu temperamento é bem tranquilo e se esforça pra se dar bem com todos. E o que dizer dos cancerianos? Que são eternos bebezões, sensíveis e emotivos, a gente sabe, mas ainda assim têm o humor instável. Perfeita descrição para o eterno Beatle Ringo Starr e para o guitarrista Joe Satriani. O maluco beleza Raul Seixas, até que podia ser considerado o canceriano perfeito, não fosse conhecidíssimo por seu desprendimento. Já os leoninos como Mick Jagger, Robert Plant e o Slash do Guns n‘Roses gostam de mesmo é de palco, pois amam chamar a atenção sobre si mesmos e ninguém é capaz de brilhar mais do que eles, ainda mais que são super comunicativos e abertos. . Os virginianos já são extremamente rígidos com eles mesmos e, mesmo cobrando muito de quem está por perto, são extremamente tímidos. O ex- Pink Floyd Roger Waters, o vocalista do Kiss, Gene Simmons e o Liam Gallagher que o digam, mas o Roger Moreira, do Ultraje ao Rigor não, timidez passa longe e ele está sempre no meio de polêmicas, hj em dia, políticas. Quem é libriano nasce para intermediar confusões e está sempre apaziguando conflitos, são atraídos por tudo que é harmônico, mas lhes é difícil fazer escolhas, pois sempre estão divididos. Perfeita descrição do vocalista do Van Halen, David Lee Rot e do Flea, baixista do Red Hot Chili Peppers. Já o roqueiro Lobão não se enquadra nenhum um pouco nas descrições de Libra. Em se tratando de determinação e obstinação, o signo dessa que vos fala, escorpião, tem dois roqueiros de forte personalidade e que vão até as últimas consequências para atingir seus ideais, o Neil Young e o Anthony Kiedis, vocal do Red Hot, além de Bryan Adams. E o signo do meu amado idolatrado salve salve Keith Richards, também da rainha das pernas Tina Turner e do Ozzy Osbourne, sagitário, marca pessoas que estão sempre de bem com a vida, muito sonhadores e sempre buscam conhecer pessoas novas, fazendo amizades com facilidade. Já quem é capricorniano, como o Jimmy Page do Led Zeppelin, o Eddie Weder e o Rod Stewart, podem até parecer bicudos e antipáticos num primeiro momento, mas são na verdade tímidos e depois se tornam bons amigos. Diferentemente de David Bowie, Alice Cooper, Phil Collins e Axl Rose, do Guns, como todos os aquarianos, prezam muito por sua liberdade e vivem sempre à frente de nosso tempo Por último, o signo mais romântico do zodíaco, Peixes, tem em Jon Bon Jovi e no Pink Floyd David Gilmour dois sonhadores que acreditam em contos de fadas e que todos merecem ser felizes. E vc, se identifica com seu signo e percebeu algumas semelhanças com os roqueiros que citei? Responda para a gente nos comentários e enquanto isso a gente fica por aqui.Semana que vem tem mais Rockstoria. Até lá.

ROCKSTORIA 21 A ROCKSTORIA DOS NOMES DE BANDAS – Parte 2

ROCKSTORIA 21 A ROCKSTORIA DOS NOMES DE BANDAS – Parte 2
Na semana passada apresentei aqui as rockstorias dos nomes de algumas bandas de rock e hoje, continuando, vou atendera pedidos dos ouvintes, e falar também de nomes de rockstars. Vou começar contando como Alice Cooper virou Alice Cooper. Apesar de muita gente dizer que o apaixonado por cobras Vincent Furnier escolheu o nome de Alice Cooper após consultar um tabuleiro Ouija, aqueles de comunicação com espíritos, ele conta que foi conversando com amigos sobre bandas e comendo Doritos que o nome Alice Cooper lhe surgiu à cabeça. Já o colecionador de óculos incríveis, o inglês Elton John, na verdade, Reginald Dwight, herdou seu nome artístico de outros dois músicos britânicos, Elton Dean e Long John Baldry. No outro lado do Atlântico o cantor John Henry Deutschendorf virou John Denver em homenagem à região da área das Montanhas Rochosas, que ele tanto amava. Ainda nos EUA, o bardo Robert Zimmerman nunca escondeu de ninguém a sua admiração pelo poeta Dylan Thomas, daí Bob Zimmerman ter virado Bob Dylan não foi surpresa para ninguém que o conhecia. Voltando para o Reino Unido, a banda britânica de heavy metal Iron Maiden, tem o nome de um dispositivo de tortura que é literalmente uma donzela de ferro que consiste em um gabinete do metal com frente articulada e com interior coberto por espigões, onde caberia facilmente um ser humano Já o nome The Who surgiu quando Pete Townshed e os amigos discutiam sobre nomes para a banda e enquanto aceitavam sugestões de um novo nome, alguém percebeu que os membros da banda já estavam com tanta dificuldade de ouvir que ficavam dizendo: "Quem?" De volta à América, a banda estadunidense Grand Funk Railroad se autodenominou assim em homenagem a um marco histórico de Michigan, The Grand Truck Railroad , que passava pela cidadezinha onde moravam, Flint. O grupo Jefferson Airplane temm seu nome inspirado num cantor de blues Blind Lemon Jefferson e pasmem, também no nome do cachorro de um amigo. Ah, Jefferson Airplane também é uma gíria que dava nome à uma improvisação feita com caixinha de fósforo que alguns fumantes de cannabis usavam para apoiar um curto cigarro de papel sem queimar as mãos. De planta alucinógena para a literatura, a banda que originalmente se chamava Sparrow, mudou seu nome para Steppenwolf, após o vocalista John Kay ler e se apaixonar pela obra do escritor alemão Herman Hesse, O lobo da estepe. Uma banda que desperta curiosidade em relação ao seu nome é o Queen. O nome da banda era Smile, mas mudou de nome simplesmente porque Freddie Mercury gostava da conotação de travesti e da imagem glamorosa da realeza. Led Zeppelin tem esse nome após uma brincadeira do baterista do The Who, Keith Moon, que, logo após Jimyi Page formar a banda, disse que a banda ia cair como um Lead Zeppelin, ou seja, um lider dirigível. Eles tiraram o A da palavra Lead, ´ra facilitar a pronuncia e daí nasceu Led Zeppelin A banda The Paramounts tinha um empresário que queria uma mudança no nome e sugeriu, por telefone ao Gary Brooker, nome de pedigree de um gato de um amigo, Procul Harun . Gary ouviu errado e soletrou Procol Harum e assim ficou. Em dezembro de 1967, o flautista / guitarrista Ian Anderson, formou uma banda que começaoua fazer dois shows por semana, experimentando nomes diferentes, incluindo Navy Blue e Bag of Blues. O empresário deles sugeriu Jethro Tull, o nome de um britânico que havia inventado, em 1700, uma semeadora agrícola. Ian Anderson não gostou do nome, mas imediatamente o nome fez sucesso e acabaram ficando com ele mesmo. Finalmente, Rollin’ Stone era o nome de um blues de Muddy Waters, (cuja letra dizia que “pedra que rola não cria limo”) ídolo do guitarrista Brian Jones e também da dupla Jagger e Richards, que foi quem escolheu colocar esse nome na banda na banda. O G do nome da banda The Rolling stones veio depois, depois de muita insistência do produtor da banda, que como todo inglês sistemático exigia deles um inglês correto Bom, são muitos nomes e muitos pedidos, e mais para a frente eu volto a trazer essas rockstorias para vcs mas hoje a gente fica por aqui c. Semana que vem tem mais Rockstoria. Até lá!

ROCKSTORIA 20 A ROCKSTORIA DOS NOMES DE BANDAS – Parte 1

ROCKSTORIA 20 A ROCKSTORIA DOS NOMES DE BANDAS – Parte 1
De Beatles a Rolling Stones, de Abba a Grateful Dead, passando por Heartbreakers e Crazy Horse, você já se perguntou porque sua banda favorita tem o nome que tem? O programa de hoje vai trazer algumas respostas, pois vou falar da rockstoria dos nomes de algumas das bandas que mais influenciaram o rock’n roll em toda a rockstoria. 1. Vou começar com uma banda que não tem muito o que falar de seu nome. Vou falar do grupo sueco ABBA, que nada mais é do que um acrônimo feito com as iniciais de seus quatro componentes: Agnetha, Bjorn, Benny e AnnFrida. 2. Da Suécia para o estado americano de Illinois, a banda que inicialmente se chamava The Big Thing e passou a se chamar Chicago Transit Authority, nome do seu álbum de estreia que vendeu mais de dois milhões de copias. Só que o departamento de trânsito da cidade não autorizou a banda a levar seu nome, e tiveram que reduzir para Chicago, como é conhecida até hoje. 3. Já a banda de metal AC/CD pegou seu nome emprestado de uma máquina de costura, onde se podia ler a sigla, que quer dizer Corrente alternada/ corrente contínua. Ah, AC/DC também era uma gíria usada para chamar alguém de bissexual, e, na época, isso deu um pouco o que falar, mas os meninos seguiram em frente sem se importarem com nada disso. 4. A banda de Pete Ham, Badfinger, nascida The Iveys, teve que mudar de nome e como eram muito ligados à Apple e aos Beatles, ganhou de Lennon e McCartney o que era nome provisório da música With a little help from my friends, que, a princípio, se chamaria Badfinger. 5. Por falar em Beatles, o baixista original da banda, que era o Stuart Sutcliffe, tinha escolhido o nome Beetle em 1960, que era o nome de uma peça de Buddy Holly e mais tarde. John Lennon alterou a grafia para Beatals, até que eles conheceram um jovem poeta de 19 anos, Royston Ellis, que, influenciado pela onda beatnick da America, sugeriu a forma como ficou conhecida a banda dos 4 rapazes de Liverpool, The Beatles. 6. Outra banda inglesa que tem uma rockstoria curiosa é a Blind Faith, dos meus queridos Eric Clapton e Steve Winwood. Eles haviam acabado de gravar o primeiro disco e nem nome para a banda tinham quando chamaram o fotógrafo Bob Seidermann para fazer a capa do álbum e daí Bob viu uma linda garota no metro e a chamou para fazer a foto da capa. Ela concordou e ele foi até a casa da garota pedir permissão aos pais para fotografá-la de topless. Eles disseram que sim mas a menina voltou atrás e Bob ia saindo quando a irma mais nova da jovem implorou a ele e aos pais que a deixassem posar. A foto foi tirada e Bob a entregou para Clapton com o título de Fé cega. Clapton gostou tanto que escolheu Blind Faith para ser o nome da banda. 7. Do outro lado do Atlântico, a banda Crazy Horse, do Neil Young, teve seu nome criado em homenagem ao cacique Oglala Lakota, que lutou bravamente contra os europeus que queriam conquistar o oeste norte-americano. 8. Também na California, o grupo do John Forgety era chamado de The Golliwogs e John mudou o nome dela para Norvel Creedence, nome de um amigo. John também gostava muito de uma cerveja chamada Clearwater, que havia sido retirada do mercado e surgiu dali um tempo com o nome de Clearwater Revival. Está aí a origem do Creedence Clearwater Revival. 9. Voltando para o Reino Unido, o nome da banda Deep Purple foi escolhido pelo guitarrista Ritchie Blackmore, que tia uma avó apaixonada pela música Deep Purple, de Bing Cosby. 10. A banda Fleetwood Mac, do exímio guitarrista Peter Green, tem seu nome criado a partira da combinação dos sobrenomes do baterista Mick Fleetwood e do baixista John Mc Vie 11. Literalmente, o nome Dire Straits, que quer dizer Dificuldades Terríveis, é a descrição da situação financeira na qual os quatro membros da banda se encontravam, quando formaram o grupo. 12. Voltando para a California, a banda The Doors teve seu nome tirado do título do livro de Aldous Huxley, As portas da percepção, que por sua vez foi emprestado de um verso de um poema de Willian Blake: “Se as portas da percepção estivessem limpas, tudo apareceria para o homem tal como é – infinito” Ouvinte que nunca leu isso na biblioteca do Juca Mulato não teve adolescência rss 13. E de Los Angeles, a banda de Don Felder e Joe Walsh, The Eagles tem seu nome inspirado na banda The Byrds, que fortemente os influenciou. 14. Já o nome da banda inglesa Genesis diz respeito ao primeiro libro da Bíblia. Seu nome era parte do primeiro álbum do grupo – From Genesis to Revelation – que foi sugerido pelo empresário original da banda, Jonathan King 15. Uma das minhas bandas favoritas, Grateful Dead, se chamava Warlocks, mas eles logo descobriram que havia uma outra banda com esse nome, e daí conversando sobre nomes de bandas, o Jerry Garcia localizou as palavras “morto agradecido” em um dicionário e então eles adotaram esse nome, que diz respeito a uma lenda popular inglesa que fala de um viajante que chega numa aldeia e encontra os moradores se recusando a enterrar um defunto que não havia pago suas dívidas em vida. Daí o viajante paga as dívidas do morto e o enterra. Depois, continuando sua viagem ele é vítima de um atentado e é salvo milagrosamente da morte pelo espírito do morto que havia enterrado. Essa é a rockstoria do Grateful Dead e bem, esta foi a primeira parte das rockstorias de nomes de banda e a gente fica por aqui e semana que vem tem mais Rockstoria. Até lá!