sábado, 26 de dezembro de 2020

Rockstoria 25 George Harrison (Parte 1)

Rockstoria 25 George Harrison (Parte 1)
No programa Rockstoria de hoje eu vou falar sobre o mais zen dos Beatles, conhecido como The Quiet One, George Harrison, que nasceu em Liverpool, Inglaterra, em 25 de fevereiro de 1943. George sonhava ser músico desde pequeno, contrariando o pai que queria que ele o ajudasse em sua oficina mecânica. Aos 12 anos, seus pais, embora pobres, lhe compraram uma guitarra de 3 libras e George começou então, a aprender a tocar sozinho. Ele e os irmãos formaram uma banda chamada “The Rebels” que se fez um único show num obscuro clube chamado “Spoken”. Apesar de ter três irmãos, foi o único dos filhos do casal Harold e Luise Harrison que estudou no Liverpool Institute, onde veio a conhecer John e Paul. Paul havia se impressionado com a sua maneira de tocar guitarra e o convidou para entrar na banda que ele e John tinham: “The Quarrymen” . George passou, assim, a integrar a banda e eles viajaram para a Escócia e Alemanha. Fo aí que ele deu a maior força para que um baterista narigudo, Ringo Starr, entrasse na banda que, a partir de 1961 passou a se chamar “The Beatles”. Os “Beatles” ficam mundialmente famosos e George passou a ser o mais carismático dos 4 rapazes de Liverpool. Na histórica viagem que o grupo fez aos Estados Unidos, em 1964, o que muita gente não soube é que ele ficou muito doente e sua irmã precisou acompanhá-lo por um bom tempo. Sua primeira música para a banda foi “Don't Bother Me”, de 1963. Foi um sucesso e logo em seguida ele passou a ter o direito de compor duas músicas para cada disco. Em 1965 ele aprendeu a tocar cítara com o músico indiano Ravi Shankar (pra quem nunca ouviu falar, Shankar é o pai da vencedora do Grammy de 2004, Norah Jones e da simpática Anouska, que segue a tradição do pai em levar a música indiana pelo mundo afora). Em troca, George passou a produzir os discos do indiano que teve um papel fundamental em sua via por aproximá-lo do misticismo oriental. Em 1966, George se indispôs com a banda de Liverpool e, logo após um show em “Candlestick Park”, ele declarou sua insatisfação dizendo que não se sentia mais um Beatle. Depois de muita saliva, John e Ringo o convenceram a ficar e ele continuou com a banda. Só que, dois anos depois, a insatisfação era ainda maior, principalmente por causa da “cota” de 2 músicas por disco e, na gravação do “White Album” (o famoso álbum Branco) ele convidou seu amigo Eric (God) Clapton para participar da belíssima “While My Guitar Gently Weeps” (o “diálogo” de cordas que eles travam nesta música é um dos melhores momentos do rock de todos os tempos). Neste ano ele gravou seu primeiro álbum solo: “Wonderwall Music By George Harrison” e no ano seguinte, 1969, durante a gravação de “Get Back” ele e Paul se indispuseram pra valer e, por uma semana, ele deixou de ser um Beatle. O ano de 1969 foi um ano agitado, ele gravou o seu segundo álbum solo, “Eletronic Sound” no qual, conforme o próprio nome já diz, ele usa e abusa de sintetizadores e, para piorar um pouco as coisas, acabou sendo preso por porte de drogas. Ele também participou de um álbum do Cream, de seu amigo Eric Clapton. O nome do álbum era “Goodbye” e ele traz a música “Badge”, assinada por Clapton e um tal de L’Angelo Misterioso, pseudônimo de George. Com o fim dos Beatles em 1970, George reuniu todas as suas composições que não tinham sido aceitas ou gravadas pelo quarteto e lançou seu álbum triplo “All Things Must Pass”. A época foi bastante turbulenta para ele, além de seus maiores sucessos, “My Sweet Lord”, ser a causa de uma briga (que ele perdeu) na justiça por causa de acusação de plágio, ele descobriu que sua esposa estava tendo um caso com o “muy amigo” Clapton. Em 1971 George Harrison seguia sua carreira solo de vento em popa e lançou o álbum “Living In The Material World”. Apesar do sucesso que vinha desfrutando, sua vida pessoal ainda estava em turbulência e ele sempre culpava a esposa, Patty, pelas homéricas brigas que eles tinham. Isso acabou durando até Eric Clapton lançou “Layla”, dedicada à Patty, e ela acabou se casando com Clapton. Ele proibiu os dois de se verem e Clapton acabou gravando para Patty a música “Layla”. Por vingança ou não, ele acabou tendo um caso com a esposa de Ringo, Maureen, mas a amizade entre os homens não se abalou e ele convidou tanto Ringo quanto Clapton para o lendário “Concert for Bangladesh”. O “Beatle” John Lennon também teria participado do concerto beneficente se George tivesse permitido que Yoko também se apresentasse, mas para grande alegria dos simples mortais, George negou e, apesar da ausência de John, a voz estridente e esgarçada da viúva n° 1 do rock’n roll não está presente em nenhuma das faixas do álbum. Nessa época, George faz as pazes com John Lennon e acabou abrindo sua própria gravadora, a “Dark Horse”. Ele contratou uma mexicana chamada Olívia para ser sua secretária e acabam se casando um dia depois do nascimento do filho deles, Dhani, único filho de George. Em 1979, George escreveu sua autobiografia de “I Me Mine” numa edição super chic, com capa de couro e tudo, mais fotos e tablaturas de suas músicas. Ele riscou o nome de John no livro, e este acabou ficando tão chateado com George, que nunca mais em sua vida falou com ele. Depois que John morreu, George parece ter se arrependido e lançou ''All Those Years Ago'' em homenagem a ele, com participações de Paul, Ringo e de George Martin. Hoje a gente fica por aqui, com a música All Those Years Ago e semana que vem a rockstoria de George Harrison continua. Na sequência, vcs ouvem o programa All Rocks, com o Kalau. Semana que vem tem mais Rockstoria aqui na Rádio Bons Tempos de Itapira. Até lá!

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