segunda-feira, 26 de outubro de 2020

Rockstoria 15 – Crossroads

Rockstoria 15 – Crossroads
A rockstoria de hoje não é sobre o concerto beneficente incrível que Eric Clapton organiza em prol de sua instituição de reabilitação no Caribe e que sempre contou e conta com a presença de grandes nomes do rock e do blues como BB King, Robert Cray, Johnny Winter, Buddy Guy, John Mayer, Steve Winwood, Johnny Lang e muitos outros. Vou falar sobre quem o inspirou, e também à maioria de seus convidados, Robert Johnson, o maior tocador de blues de todos os tempos, que na famosa encruzilhada, selou sua sorte. Crossroads, ou a encruzilhada em questão, é o lendário cruzamento da rodovia 61 com a 49 em Clarkdale, no estado do Mississipi, sul dos Estados Unidos, onde, segundo dizem, um jovem negro, que vivia em uma plantação de algodão na zona rural, e que tinha um desejo enorme de se tornar um grande músico de blues, fez um pacto com o diabo que o tornaria o maior nome do blues de todos os tempos. Segundo reza a lenda, Robert Leroy Johnson, nascido em 8 de maio de 1911 e provavelmente falecido em 16 de agosto de 1938 (provavelmente porque não se tem certeza da data exata de sua morte), munido de seu velho violão e uma garrafa de whisky, caminhou até a encruzilhada e lá teria feito um ritual invocando um demônio para realizar um pacto no qual venderia sua alma, como na lenda de Fausto, em troca de ser o maior “tocador de blues” de todos os tempos. O demônio então pegou o violão de Johnson nas mãos e o afinou um tom abaixo do normal. O pacto foi então selado e ambos tomaram juntos o whisky e marcaram um novo encontro para dali a dez anos, na mesma encruzilhada, onde retornariam e o demônio levaria consigo a alma de Johnson, como no pacto de Fausto. Assim, em troca de sua alma, Robert Johnson foi capaz de criar o blues pelo qual se tornou famoso, mas não em vida. Ao todo, produziu 29 canções que foram gravadas juntas só muito tempo depois de sua morte, num álbum chamado King of the Delta Blues Singers, lançado pela Columbia em 1961. Além de ter influenciado os grandes nomes do blues norte-americano, como BB King, Buddy Guy, Junior Wells, entre outros, o álbum se tornaria influente no nascente movimento de blues britânico e serviu de inspiração para Bob Dylan, Keith Richards e Robert Plant e, principalmente, Eric Clapton, para quem Robert Johnson foi "o cantor de blues mais importante que já existiu." Johnson foi incluído no Hall da Fama do Rock and Roll em sua primeira cerimônia de posse, em 1986, como uma das primeiras influências do rock and roll e ocupa o quinto lugar na lista dos "100 Greatest Guitarists of All Time" da revista Rolling Stone. A gente fica por aqui com a música Come on in my kitchen, e o link que coloco aqui é o de sua gravação original, por isso não reparem nos chiados e ruídos que nem a moderna tecnologia pôde remover e, semana que vem tem mais Rockstoria! Até lá! . https://www.youtube.com/watch?v=4up4VP8zjyc

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